A
decisão
O professor Jerome
Lejeune, de Paris, geneticista de fama internacional, testemunhou perante o
tribunal que cada humano tem um início singular, que ocorre no momento da
concepção, e que “assim que é concebido, um homem é um homem”. Em outras
palavras, começando no estágio de três células (zigoto), os embriões são, como
ele disse no tribunal, “pequeninos seres humanos.
Quando se lhe perguntou se
testemunhava que o zigoto deveria ser tratado com os mesmos direitos de um
adulto, o Dr. Lejeune respondeu: “Não vou afirmar-lhe tal coisa porque não
estou em condições de saber isso. Afirmo que ele é um ser humano e, portanto, é
a Justiça que dirá se este ser humano tem ou não os mesmos direitos que os
outros… na qualidade de geneticista, se me perguntam se este ser humano é um
humano, eu lhe direi que por ser ele um ser e, sendo humano, ele é um ser
humano.”
Baseando-se primariamente
no depoimento irrefutável do Dr. Lejeune, três destacadas conclusões dos
tribunais são: 1-A partir da fertilização, as
células de um embrião humano são diferenciadas, singulares e individualizadas
no mais elevado grau de distinção.2-Os embriões humanos não são propriedade. 3-A vida humana começa por ocasião da concepção.” (o grifo é
meu).
Todos
somos iguais mas diferentes
Neste aspecto, na verdade,
todos os seres humanos são iguais, não importa a nacionalidade, a cor, ou a
condição social dos seus progenitores. Como diz a Carta Universal dos direitos
Humanos: “todos os homens e mulheres nascem iguais”. Mas todos somos diferentes
porque as nossas células são únicas e têm registado o chamado código genético,
o seu ADN. E o momento em que se dá origem a um novo ser humano é o momento da
concepção. Os chineses reconhecem isto por calcularem a idade desde aquele momento.
Um bebé é considerado como já tendo um ano ao nascer. Uma vez que o óvulo é
fecundado, a concepção já ocorreu, e se preparou um “esquema” para uma criatura
humana viva. Nesse momento são fixados o sexo, as características fundamentais,
físicas e emocionais, os dons e talentos especiais, bem como as deficiências,
junto com uma infinidade de outros pormenores. O ambiente, tanto durante a
gravidez como depois do nascimento, exerce uma influência modificadora ou
intensificadora, mas o padrão básico da pessoa já está estabelecido. O esquema
encontra-se nos 46 cromossomas, com seus muitos milhares de genes que
transmitem a matéria hereditária de ambos os pais — 23 cromossomas de cada
progenitor.
Factores
externos
Mas por ocasião do seu
nascimento, o bebé pode ser comparado a uma semente lançada num determinado
ambiente. Os lavradores sabem isto. Existem vários tipos de solos, uns mais
propícios do que outros para o bom desenvolvimento da semente. Há também que
ter em conta o ambiente mais ou menos húmido para que a planta se possa
desenvolver. Assim o nosso desenvolvimento, a pessoa que somos, dependeu muito
se fomos criados num ambiente religioso ou não. Se crescemos em determinado
país ou lugar com sua cultura e suas tradições próprias. Se vivemos numa zona rural
ou numa cidade cercados por pessoas com outra mentalidade. Se os nossos pais
eram ou são preocupados com a boa educação e em inculcar bons princípios de
moral nos seus filhos, dando o exemplo.
Depois há a questão das
pessoas com quem nos associamos no nosso dia-a-dia, na escola, na recreação,
nos momentos de lazer. Diz-se: “diz-me com quem andas e eu te direi quem és” ou
“anda com um ladrão e serás pior do que ele”. Se colocarmos uma barra de ouro e
uma de prata juntas por algum tempo observará-se-á que partículas de ouro
passaram para a barra de prata e vice-versa. De forma que se tivermos por
hábito nos associar com um delinquente teremos boas probabilidades de nos
tornarmos delinquentes. A pressão dos colegas tem levado alguns jovens à
embriaguez ou ao vício das drogas. Se nos associarmos com aqueles que usam de
linguagem suja, verificaremos, no fim, que também usamos tal linguagem.
Associar-nos com pessoas desonestas tende a fazer-nos desonestos. Por outro
lado, se nos associamos com pessoas com bons princípios de ética, seremos bem
melhores cidadãos.
Boas
decisões são importantes
Há um provérbio que diz: “Onde não há reses, a manjedoura está limpa, mas a colheita é abundante por causa do poder do touro.”
Uma manjedoura vazia pode
indicar que não há gado para ser alimentado e, por isso se está livre do
trabalho de limpá-la e de cuidar dos animais e, consequentemente, há menos
despesas. O lavrador decidiu fazer o trabalho à mão. Mas essa aparente vantagem
precisa ser contrabalançada com o facto de que também a colheita será menor. O
lavrador tem de fazer uma escolha sábia. Ou faz um investimento para ter maior
colheita ou sujeita-se a colher menos, mas de certo com maior esforço. Este
princípio se aplicaria também quando pensamos em mudar de emprego, em comprar
certo tipo de casa ou carro, quando escolhemos uma pessoa para casar e coisas
assim? A pessoa sábia consideraria as vantagens e as desvantagens e calcularia
se o esforço e a despesa valem ou não a pena.
Muitas das decisões que
tomamos resultam em bem, mas outras podem ser como as balas que saem de uma
pistola que depois de saírem não podem voltar atrás. Algumas decisões que
tomamos ainda podem ser remediadas ou corrigidas, mas outras são irreversíveis,
impossíveis de reparar.
Eu considero que aquilo que
sou hoje é o resultado de todos estes factores: a herança genética, a educação
e o exemplo de meus pais, o lugar onde cresci e vivi, as minhas companhias e as
minhas decisões pessoais. Muitas vezes tive êxito. Outras nem por isso. Mas no
cômputo geral, considero que tenho sido bem sucedido e preparado para esta vida
moderna atribulada em constante mudança. Considero muito importante a família e
a escola como os centros da boa formação do ser humano.
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