A astronomia é sem dúvida
a mais antiga das ciências. Desde os antigos chineses, assírios, babilónios e
egípcios tem-se estudado os céus e os astros com objectivos práticos. Ao longo
do tempo tem-se formulado as mais variadas teorias sobre a origem do Universo,
que têm sido rechaçadas ao passo que a evolução dos conhecimentos adquiridos
pela comunidade científica evoluíu.
Actualmente persistem
basicamente duas teorias: A teoria do “Big Bang” e a de que tudo foi
projectado por um Criador. Deve-se notar no entanto que uma não necessariamente
invalida a outra. Também considero-me demasiado limitado para formular a minha
opinião, pois se tudo fosse muito claro não haveria tanta divisão mesmo na
comunidade científica. Por outro lado vendo as coisas apenas com os olhos da fé,
o assunto torna-se demasiado fácil, pois se adoptar-mos a ideia de que” para
Deus tudo é possível” subsistem demasiadas questões que ficam sem uma resposta
objectiva. Façamos uma breve análise às duas teorias.
O Big Bang.
Esta teoria é actualmente
a mais aceite sobre a origem do Universo. Este nome resultou de uma
ridicularização em 1950 de Fred Hoyle sobre a teoria do modelo infinito do
Universo proposta por George Lemaitre (padre católico) George Gamow e Alexander
Friedman. Segundo esta teoria o Universo tem 15 bilhões de anos e formou-se a
partir de uma grande concentração de matéria e energia extremamente densa e
quente, situadanum certo ponto. Este ponto teria sido o começo dos tempos e a
partir dele teve início a formação e a expansão das galáxias. Como acontece com
a religião formulam-se muitas especulações dos eventos desde o instante da
explosão. Mas a teoria do Big Bang deixa sem resposta duas questões
importantes: O que existia antes? E, o que há além do espaço do Universo?~
No início do século XXI,
surgiu a teoria ecpirótica, que defende a ideia de que o Universo surgiu do
choque entre duas “ membranas cósmicas” e que este choque foi percebido como o
Big Bang. Existem problemas no cenário ecpirótico. Entre eles está a falta de
compreensão entre os teóricos especialistas na teoria das cordas e não é sabido
o que efetivamente acontece quando duas branas colidem. Além disso, o cenário
ecpirótico usa algumas idéias essenciais da teoria das cordas, principalmente
as multi-dimensões, branas e orbifolds. A teoria das cordas também não é uma
teoria aceita pela totalidade da comunidade da física.
Projecto de um Criador
Também na religião
encontramos as mais diversas teorias e interpretações. Mas reportando-nos ao
primeiro livro da Bíblia no primeiro capítulo e no primeiro versículo
encontramos uma declaração muito simples e objectiva: “No princípio Deus criou
os céus e a terra” Génesis 1:1. Ora esta declaração não invalida o facto
comprovado pela ciência de que o Universo tem 15 mil milhões de anos, nem
invalida a teoria do Big Bang. Simplesmente relata que houve um projectista
inteligente por trás dos acontecimentos. O que a seguir descreve o livro de
Génesis sobre os dias criativos referem-se mais especificamente à preparação do
planeta Terra para a habitação do homem. Também não significa que os dias
criativos ali descritos sejam dias de 24 horas.
Parafraseando Galileu
Galilei, “ A Bíblia “ensina come si vadia al cielo e non come vadia il cielo (como se vai para o céu e não como vai o
céu)...”. Na verdade o homem sente-se fascinado não apenas com a
imensidão do Universo mas também com a sua enorme organização e complexidade.
Poderia tudo isto ser fruto simplesmente do mero acaso? Ou tudo foi criado por
um projectista inteligente, que tem um objectivo? Se isto é verdade, onde anda
Ele, que não se importa connosco? Por outro lado porquê criar tal imensidão
simplesmente para criar vida na terra? Porquê criar pessoas na terra para
depois levá-las para o Céu e ou mandá-las para o Inferno? Onde fica isso?
São demasiadas as questões
que apenas poderão ser respondidas baseadas na religião ou filosofia. Por um
lado temos a teoria evolucionista que diz que uma explosão aleatoriamente fez,
planetas, estrelas, galáxias, vida inteligente, vida vegetal, vida animal, etc.
Por outro lado temos a descrição bíblica e da religião com todos os seus
ensinamentos controversos e até contraditórios.
A minha
conclusão destes conceitos é que toda verdade humana é provisória e ela evolui
em função do conhecimento ou saber que, por sua vez, acompanha a evolução humana.
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